O termo Doença Renal Crônica (DRC) é utilizado para definir a presença de lesão renal persistente, caracterizada pela perda definitiva e irreversível de massa funcional e/ou estrutural de um ou de ambos os rins, podendo-se observar redução significativa da taxa de filtração glomerular.
Essa doença pode ser de forma congênita ou adquirida e há uma grande prevalência em cães e gatos de forma crescente. É mais comum em animais idosos, mas infelizmente pode afetar animais jovens também.
Quando há o diagnóstico da doença, é imprescindível a mudança e o cuidado alimentar, visto que caso não mude, a doença avança muito mais rapidamente. A alimentação deve ser bem variada e não restrita à proteína, como muitos pensam. A alimentação deve ser balanceada, principalmente se for escolher uma alimentação natural, com comida em vez de ração. O uso de boas gorduras podem ajudar no paladar que fica mais seletivo, como manteiga, óleo de oliva, banha suína, óleo de coco, que são algumas opções possíveis de serem utilizadas, além do uso de ômega 3.
Aumentar a ingestão hídrica nas refeições com uso de alimentos úmidos ajudam na hidratação e eliminação de toxinas. A maior preocupação com animais doentes renais é o cuidado no consumo do fósforo, pois ele em excesso pode fazer o avanço mais rápido da doença. Isso porque os doentes renais perdem a capacidade de excretar esse mineral, fazendo com que haja acúmulo no sangue.
As rações para animais doentes animais renais já possuem essa restrição no nutriente, porém caso opte pela comida, deve-se atentar a isso, escolhendo suplementos com baixo fósforo na dieta, assim como, alimentos com menos teor de fósforo.
O consumo de água tende a aumentar nessa fase, e sempre deve-se ter água disponível limpa e fresca ao pet, não restringindo, mesmo que beba mais que o normal.
Médica Veterinária, especialista em Dietoterapia, colaboradora do Plano Focinhos
CRMV 16906
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