Caso o seu pet apresente inapetência, será necessário uma avaliação com um médico-veterinário, afim de excluir qualquer possibilidade de que a falta de apetite seja causada por um problema clínico.
Apetite seletivo pode ser um problema comportamental?
É muito importante garantir que seja uma questão comportamental e não de saúde.
Com essa hipótese eliminada, a próxima fase é identificar quais hábitos levam seu cão a não se alimentar da forma correta e, então, colocar em prática a melhor forma de reverter o quadro.
Um dos motivos mais comuns para inapetência comportamental se chama apetite seletivo, que se deve a troca constante de ração ou mesmo a troca para a alimentação natural.
Uma vez que a alimentação é trocada por qualquer motivo, o cão pode entender que se ele não comer aquilo que lhe é apresentado, virá algo melhor e mais gostoso.
Às vezes, até por saber que poderá vir algo diferente já é motivo para que o cão rejeite a alimentação atual.
Estabeleça regras para o momento da alimentação
O ideal é que o cão coma assim que o alimento for servido, por isso, deixe a alimentação disponível por dez ou quinze minutos e, caso o cão não coma, tire-a e guarde em um lugar fechado.
Em caso de ração, não devolva ao pacote, pois a ração do comedouro já começou o processo de oxidação e pode contaminar os outros grãos.
Crie as regras:
No horário da próxima refeição, sirva novamente, por mais dez ou quinze minutos.
Caso ele ainda não coma, não se preocupe, pois um cão (adulto) pode ficar até 48 horas em jejum sem comprometer sua saúde.
Porém, na terceira ou na quarta vez em que você servir o alimento e depois retirá-lo, o pet vai entender que ele precisa se alimentar ou ficará sem comida.
Não troque a alimentação do seu pet sem necessidade ou sem orientação do vet!
Trocar a alimentação de forma constante, sem necessidade, pode fazer com que o cão entenda que se não comer, algo melhor virá.
Insista na mesma alimentação, aquela que for considerada a mais adequada para o pet, até que o cão entenda que é a única opção e passe a comer corretamente nos horários estabelecidos.
Siga as instruções da ração ou do vet que institui a alimentação natural
Todas as rações trazem na embalagem uma tabela com a quantidade diária recomendada para os diferentes portes e idades. Identifique a do seu pet, divida essa quantidade em duas ou três porções e supervisione a refeição, pois cada organismo reage de uma forma, podendo ser necessário adequar as quantidades servidas.
Se a alimentação do seu pet for natural, ela deve ser orientada e formulada por um nutricionista ou nutrólogo veterinário e a forma de acondicionamento também deve ser adequadamente orientada por um profissional.
Mantenha uma rotina!
Manter uma rotina de passeios, brincadeiras, alimentação, ajudará a reduzir estresse e aos poucos normalizar o apetite do pet.
Dr. Geraldo Arnt Corrêa
Especialista em Clinica, Nutrição Clínica e Alimentação de Cães e Gatos – colaborador de conteúdos da Focinhos.
CRMV-RS 6555