Intoxicações por vitamina D são descritas em todo o mundo em diversas espécies, inclusive em cães e gatos!

Como ocorre a intoxição?

Estas intoxicações ocorrem das mais variadas formas: em decorrência de rações contendo excesso de vitamina D; pela administração de suplementos vitamínicos em doses elevadas; pela hiperatividade da função da paratireóide ou tumores associados com hipercalcemia (ex. linfossarcoma); pela ingestão acidental de venenos chamado rodenticidas, destinados a matar roedores como ratos e camundongos, e ainda em animais que, porventura, alimentem-se com plantas que contenham substâncias calcinogênicas análogas à vitamina D, como: Mio Mio Branco, Espichadeira, Jurubeba, Jasmim Diurno e Aveia Amarela. 

Considerando-se a massiva propaganda para venda de produtos à base de vitaminas e minerais com o objetivo de melhorarem o desempenho físico e mental, as intoxicações por essas substâncias passaram a se constituir um risco!!!

A forma sintetizada pelos vegetais é a vitamina D2, e a produzida no organismo, a vitamina D3.

Atuam elevando as concentrações plasmáticas de cálcio e fósforo, aumentando a retenção orgânica destes minerais por meio de maior reabsorção renal e maior absorção intestinal.

Sua deficiência ou excesso impede o desenvolvimento e calcificação normais do tecido ósseo.

A vitamina D é um esteróide e é uma vitamina solúvel em gordura, portanto, ao contrário das vitaminas solúveis em água, quando recebida em excesso não é excretada rapidamente na urina. Em vez disso, é armazenada no tecido adiposo e fígado.

O excesso de vitamina D pode levar à insuficiência renal e até a morte. 

Quando intoxicados, os animais podem apresentar vômitos, falta de apetite, sede, micção e salivação excessivas e perda de peso, também podendo ocorrer anormalidades fetais em fêmeas prenhes.

Casos de envenenamento por rodenticidas ou suplementos de vitamina D são de início rápido – mostrando sinais em questão de horas ou dias.

Dependendo da concentração da vitamina D no alimento, a toxicidade relacionada à dieta tende a se desenvolver de forma gradual ao longo do tempo. 

O tratamento dependerá da avaliação de um veterinário que poderá coletar uma amostra de sangue para medir os níveis de cálcio, fósforo e vitamina D ou obter urina para avaliar a função renal, mas o objetivo será remover a fonte de vitamina D para evitar exposição adicional e eliminar o excesso no organismo. 

Nunca faça sumplementação de vitaminas e minerais em seu pet por conta própria.
Peça sempre orientação a um médico veterinário!

Leticia Gershenson 

Médica Veterinária

CRMV RS 6279 

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